Em missa de sétimo dia, Raquel Lyra fala pela primeira vez após a morte do marido: “amor da minha vida”

09/10/22
Por Mirela Araújo/Com informações TV Jornal Inteior
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A missa foi realizada pelo Monsenhor Olivaldo Pereira da Silva, na Catedral Nossa Senhora das Dores, em Caruaru

Renata Araujo/TV Jornal Interior
Raquel Lyra e os filhos se consolam na missa de sétimo dia do marido dela, Fernando Lucena – FOTO: Renata Araujo/TV Jornal Interior

A candidata ao Governo de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), chegou à missa de sétimo dia de morte do seu marido, o empresário Fernando Lucena, acompanhada pelos dois filhos do casal e de seu pai, o ex-governador João Lyra Neto.

Desde o sepultamento de Fernando, vítima de um mal súbito no último domingo (2), dia das eleições do primeiro turno, Raquel passou a última semana dedicada exclusivamente a sua família. A missa foi realizada na Catedral Nossa Senhora das Dores, pelo Monsenhor Olivaldo Pereira da Silva, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco.

Esta foi a primeira aparição pública de Raquel Lyra, que preferiu não conceder entrevistas. No entanto, ao final da missa, leu uma carta que escreveu em homenagem a Fernando.

Bastante abalada, Raquel Lyra relembrou como conheceu o marido, com quem ficou casada por quase 20 anos. Segundo a ex-prefeita de Caruaru, desde domingo ela tem feito muitas perguntas para procurar entender o que ocorreu. Fernando Lucena tinha 44 anos e chegou a ser socorrido pelo Samu, mas não resistiu.

“Conheci Fernando com 13 anos e ele 14 anos, ele tinha um sorriso bonito e o coração mais generoso que tinha nessa vida. Começamos a namorar meses depois e de lá para cá foram quase 30 anos juntos. Ouvi dizer, por um amigo, que muita gente passa a vida inteira para encontrar um amor , eu tive a sorte de encontrar o amor da minha vida aos 14 anos”, declarou sob forte emoção.

O companheirismo se estendeu durante toda a trajetória política de Raquel, que já foi secretária estadual, deputada estadual e prefeita. Ao longo da campanha majoritária, em diversos momentos, ela se referia ao marido como “nego”, pedindo para ele cuidasse dos deveres e atividades dos filhos.

Na ocasião, Raquel disse que chegou a perguntar várias vezes a Fernando se iria dar conta. “Ele dizia, ‘vai dar certo, fique tranquila que eu vou cuidar de tudo”, afirmou Raquel, sendo aplaudida pelos presentes.

Candidata a governadora pelo PSDB, Raquel Lyra recebeu 20,58% dos votos, levando a disputa para o segundo turno contra a candidata pelo Solidariedade, a deputada federal Marília Arraes, que teve 23,97% dos votos válidos.

Mais cedo, em suas redes sociais, Raquel Lyra agradeceu as mensagens de apoio e solidariedade que tem recebido nesta última semana. “Agradecemos as orações e mensagens de força que estão chegando de todos os lugares e o respeito ao nosso momento de luto”, publicou.

POLÍTICOS ACOMPANHARAM A MISSA

Estiveram presentes amigos, familiares, autoridades e políticos da região. Diante da grande quantidade de pessoas, uma estrutura na área externa da igreja foi montada, com transmissão por meio de telões.

A candidata a vice, Priscila Krause (Cidadania), afirmou que em breve Raquel irá retomar a campanha, ela chegou acompanhada doo deputado federal Daniel Coelho (Cidadania), um dos coordenadores da campanha.

O ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL)terceiro colocado na disputa pelo Governo do Estado e o único dos candidato a governador a estar presente na cerimônia, chegou acompanhado do deputado federal André Ferreira (PL).

O deputado federal eleito Mendonça Filho (UB), que apoia Raquel neste segundo turno, também estava presente.

Viúva do ex-governador Eduardo Campos e mãe do prefeito do Recife João Campos (PSB), Renata Campos também compareceu a cerimônia. O ex-senador Armando Monteiro Neto (PSDB), a prefeita de Bezerros, Lucielle Silva, o deputado estadual Tony Gel (PSB), também foram cumprimentar a ex-prefeita.

Especial de Domingo: Bolsonaro seduz camadas médias oferecendo o poder de humilhar os mais fracos

09/10/22

Por  247

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Presidente se mantém combativo por validar estrutura escravocrata, enquanto Lula fala à população subalternizada, afirma cientista política Alessandra Orofino.

 

www.brasil247.com - Alessandra Orofino
Alessandra Orofino (Foto: Leo Lemos/Divulgação)
A  economista, cientista política e ativista Alessandra Orofino afirma que a combatividade demonstrada pelo bolsonarismo nas eleições de domingo está ligada à oportunidade que o presidente dá às camadas médias da população de preservar seu poder de oprimir e humilhar os mais fracos.
Em entrevista ao programa 20 MINUTOS  a diretora do programa Greg News descreveu a força contrária exercida por Luiz Inácio Lula da Silva: “Os absolutamente oprimidos, que não experimentam no cotidiano a oportunidade de humilhar alguém, são as pessoas mais pobres, as pessoas negras e as mulheres pobres e negras. Não é à toa que aí Lula leva de braçada”.
A persistência de relações sociais remonta à herança escravocrata do Brasil, ameaçada durante os governos petistas em momentos como a promulgação, por Dilma Rousseff, da Emenda Constitucional 72, mais conhecida como PEC das Domésticas. “Ao fazer isso, a gente fez a alforria final no Brasil, e desde a primeira alforria esse é o ponto que revolta a classe média e a elite: perder a possibilidade de escravizar alguém”, interpreta.
A figura de Jair Bolsonaro se ajusta perfeitamente a tal levante antipopular, acenando com a continuidade da subalternização dos mais fracos por parte das camadas médias. Essas, por sua vez, experimentam em maior intensidade a dualidade de ter subalternos e também de ser subalternizadas, seja por um patrão ou por outra figura de poder: “É o homem que olha para uma feminista e se ressente de não poder mais bater em sua mulher.
É a patroa que olhou para a PEC das domésticas e achou que não ia mais poder ter três empregadas que dormem em casa. São figuras de autoridade espremidas, e a única coisa que dá a elas a sensação de ascensão social e status é poder oprimir o outro.” Outro exemplo são os empresários bolsonaristas flagrados ameaçando demitir funcionários que não votarem em seu candidato.