Náutico e o campeão do Pernambucano de 2021


24/05/21
Por  Davi Sabya/Elton Ponce/Marcelo Aprígio/JC/blogfolhadosertao.com.br

Timbu venceu o Sport em disputa de pênaltis cheia de reviravoltas e conseguiu seu 23º título estadual

Bobby Fabisak/JC ImagemElenco do Náutico campeão pernambucano 2021 – FOTO: Bobby Fabisak/JC Imagem
Em uma final emocionante, o Náutico venceu nos pênaltis por 5×3 o Sport, neste domingo, nos Aflitos, e se consagrou campeão do Campeonato Pernambucano de 2021. Esse é o 23º título estadual do Timbu, que não vencia o rival rubro-negro numa decisão desde o hexacampeonato de 1968. Além disso, a equipe alvirrubra não levantava um troféu em casa desde a conquista local de 1974. No tempo normal, a partida acabou empatada por 1×1 e ambos os gols foram marcados nos últimos minutos por Kieza e Mikael, respectivamente.

A disputa por pênaltis gerou bastante polêmica e confusão no fim do Clássico dos Clássicos entre a arbitragem e a comissão técnica do Sport. Com o auxílio do VAR, o árbitro Rodolpho Toski mandou repetir a cobrança de Giovanny defendida por Mailson, pois o goleiro se adiantou no lance. Na repetição, o atacante do Náutico marcou a rede.

Em seguida, Marquinhos isolou a penalidade e coube ao artilheiro Kieza liquidar a decisão para o Náutico. O centroavante do Timbu, por sinal, foi o maior goleador da competição com 10 gols marcados.

O JOGO

A decisão não começou muito com grandes oportunidades feito o primeiro jogo da final. Com muita marcação e pouca criação, Náutico e Sport começaram cautelosos a partida. Ainda mais o Leão que tirou um atacante e optou por encher mais o meio-campo com a entrada de Zé Welison.

Mesmo assim, o Timbu foi o time que mais consegue exercer a estratégia. Aos 18 minutos, a primeira grande oportunidade do clássico e a favor dos alvirrubros. Mailson tentou afastar a bola levantada na grande área, errou, e Kieza pegou a sobra. O atacante não pensou duas vezes em chutar e Maidana tirou em cima da linha.

Enquanto o Náutico controlava as ações do confronto com jogadas mais verticais, o Sport pouco produziu. A marcação até encaixou e dificultou a vida do rival, mas ofensivamente forçou os passes longos e apenas ameaçou em finalizações de longe, como foi o caso do arremate de Zé Welison.

Já o time alvirrubro quase marca com um gol olímpico com Jean Carlos. O meia, por sinal, deu muito trabalho ao arqueiro rubro-negro na bola parada. No fim do primeiro tempo, em um lance de impedimento, Sander ainda obrigou Alex Alves a fazer grande defesa e Toró perdeu possível grande investida ao se enrolar com a bola dentro da grande área.

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No segundo tempo, o cenário do Clássico dos Clássicos permaneceu o mesmo. O Náutico controlando as ações do jogo e levando perigo, já que o Sport apenas se defendeu e apresentou muitos problemas ofensivos. Os principais caminhos de ataque do Timbu foram pelas laterais.

E, não à toa, a equipe alvirrubro conseguiu criar duas grandes oportunidades. Hereda foi até a linha de fundo e realizou um pelo cruzamento para Kieza. O atacante cabeceou bonito e acertou o travessão de Mailson. No rebote, Jean Carlos bateu de primeira e, de novo, Maidana salvou o Sport de sofrer o gol.

No último quarto do jogo, o Clássico dos Clássicos começou a ficar tenso. Qualquer erro poderia custar caro. Aos 32 minutos, o Sport pagou caro por um grande erro de Marcão. O volante errou um passe na entrada da grande área, tentando virar o jogo da esquerda para direita, e a bola foi parar nos pés de Kieza.

O artilheiro não perdoou. Dominou, arrancou e bateu forte para estufar as redes do Sport. Depois de abrir o placar, o Leão foi para o tudo ou nada com as entradas de Tréllez e Mikael. Só que o Timbu quase ampliou a vantagem. Em falta pelo lado esquerdo, Jean Carlos cobrou com categoria e acertou no travessão.

Na resposta, no abafa, o time rubro-negro tornou a grande final emocionante. Aos 41, após lançamento de Thiago Lopes, Toró apareceu livre pelo lado direita e tocou para Mikael escorar para o fundo da rede e empatar o clássico. Em um lance que talvez tenha sido o único erro de posicionamento da defesa do Náutico.

PÊNALTIS

Após um fim de jogo eletrizante, a 19ª final de Pernambucano entre Náutico e Sport foi para os pênaltis. E deu Náutico em uma decisão polêmica. Com o auxílio do VAR, o árbitro Rodolpgo Toski mandou voltar a cobrança perdida por Giovanny, que tinha sido defendida pelo goleiro Mailson. Isso porque arqueiro rubro-negro se adiantou na cobrança. Na repetição, o atacante alvirrubro mandou nos fundo das redes.

Em seguida, Marquinhos perdeu a cobrança para o Leão e Kieza garantiu o título do Estadual para o Náutico. Jean Carlos, Vinícius, Hereda e Giovanny marcaram as outras penalidades para o Timbu. Maidana, Mikael e Tréllez converteram para o Sport.

FICHA DO JOGO – NÁUTICO 1 (5) X 1 (3) SPORT

Náutico – Alex Alves; Hereda, Camutanga (Ronaldo Alves), Wagner Leonardo e Bryan; Djavan (Matheus Trindade), Rhaldney (Marciel) e Jean Carlos; Erick (Giovanny), Vinícius e Kieza. Técnico: Hélio dos Anjos.

Sport – Mailson; Patric, Maidana, Adryelson e Sander; Marcão (Tréllez), Zé Welison (Thiago Lopes) e Júnior Tavares; Neilton (Marquinhos), Thiago Neves (Mikael) e Everaldo (Toró). Técnico: Umberto Louzer.

Local: estádio dos Aflitos, Recife-PE. Árbitro: Rodolfo Toski (PR). Assistentes: Kléber Lúcio (SC) e Guilherme Camilo (MG). Gols: Kieza aos 32 minutos e Mikael aos 41 minutos do 2º tempo. Cartões amarelos: Bryan, Rhaldney, Erick e Kieza (Náutico). Maidana, Adryelson, Tréllez e Marquinhos (Sport).

EMOÇÃO NAS REDES SOCIAIS

Com a vitória, a torcida alvirrubra tomou as redes sociais com muita emoção.

Reclamação e ironia nas redes

Torcedores rubro-negros, então, foram às redes criticar a intervenção do VAR. Já a torcida do Timbu ironizou.

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